Tempestade
Deitada confortavelmente na cama de seu quarto ela olhava fixamente para o teto, como se ele pudesse lhe trazer todas as respostas necessárias. Do lado de fora do quarto escuro, caia se um temporal, pequenas pedras de granizo encontravam a superfície frágil de sua janela dando ao pequeno quarto um barulho continuo, porem tranqüilizador. Ela se sentia bem com a chuva, e embora desta vez estivesse forte o suficiente para assustar ate mesmo alguns adultos, ela por sua vez nem mesmo se dava conta dos trovões, pois havia uma tempestade ainda maior em seu peito. Ela continuava ali mirando o teto e repassando mil vezes todas as lembranças por sua mente. Era possível gostar tanto assim de alguem? Era natural que apenas aquele alguem fosse o único que lhe fez sentir coisas que jamais sentira antes? Aquela conexão pugente, àquela necessidade animalesca, àquela tensão avassaladora.... Aquilo fora mesmo real? Ou era tudo coisa de sua imaginação? Claro que ela sempre poderia estar imagina